Comissão sobre carreiras do SUS será integrada pelo CFO

O Ministério da Saúde acaba de instituir uma Comissão Especial para elaboração de uma proposta de Carreiras do Sistema Único de Saúde (SUS). Comissão abrangerá inicialmente cirurgiões-dentistas, médicos e enfermeiros.

A comissão será composta por três secretarias do Ministério da Saúde – Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) e Secretaria-Executiva (SE), sendo que a coordenação será feita pela SGTES.

CFO comporá Comissão

O Conselho Federal de Odontologia (CFO) vai indicar um conselheiro federal para integrar esta Comissão, que terá como objetivo minimizar a dificuldade que alguns municípios ainda encontram em fixar profissionais de saúde. Além do CFO, haverá representantes de entidades dos profissionais de cada categoria, Conselho Federal de Medicina, Federação Nacional dos Médicos, Conselho Federal de Enfermagem, Federação Nacional dos Enfermeiros e Federação Interestadual dos Odontologistas (FIO).

Segundo o presidente do CFO, Ailton Diogo Morilhas Rodrigues, a criação desta comissão “é uma conquista a ser festejada, um fruto direto da parceria histórica da Odontologia com os Ministério da Saúde, da Educação e do Trabalho”. Para ele, o maior beneficiado dessa iniciativa será a população, que no futuro será atendida por “profissionais de saúde mais valorizados e, por consequência, mais motivados”.

Durante o desenvolvimento da proposta serão discutidos pontos, por exemplo, de como será o vínculo desses profissionais, se com o estado ou a esfera federal, e se a admissão será por meio de concurso público. A Comissão terá o prazo de 90 dias para concluir os trabalhos, que serão avaliados pelas instâncias de gestão do SUS por meio de seus representantes e pelo ministro da Saúde.

O grupo contará com os estudos realizados pelo Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde que identificam a carência de profissionais de saúde em diversas áreas do território nacional, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A proposta é que esses profissionais possam atuar nessas áreas prioritárias do SUS, ampliando o acesso aos serviços de saúde.