Norte de Minas ganha novo Centro de Especialidades Odontológicas

O município de Itacarambi, no Norte de Minas, ganhou, nesta quarta-feira, um Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), por meio do programa Brasil Sorridente, do Ministério da Saúde.

A unidade da cidade é classificada como tipo II e possui quatro cadeiras odontológicas. O novo CEO terá capacidade para realizar tratamentos de periodontia (em gengivas), endodontia (canal), cirurgias orais, prótese total, diagnóstico oral e atendimento de pacientes portadores de necessidades especiais.

Em Minas Gerais, além da unidade inaugurada em
Itacarambi, outros 48 centros de especialidades
odontológicas estão implantados. De acordo com o
Ministério da Saúde, de 2005 a abril de 2006 foram investidos R$ 4,2 milhões nos centros de Minas Gerais.

Outros 18 CEOs estão em fase de implantação no estado.

Números

Com a unidade instalada em Itacarambi, chega a 397 o número de centros que oferecem tratamento odontológico gratuito especializado na rede pública de 327 municípios. Outros 243 já receberam recursos e têm até 90 dias para começar a atender à população.

Até o fim de 2006, serão 475 unidades em todo o país. De janeiro a novembro de 2005, foram realizados mais de 2,93 milhões de procedimentos especializados nos CEOs.

Programa

Para integrar o Brasil Sorridente, cada centro de especialidades oferece à população cirurgia oral, atendimento a pessoas com necessidades especiais, tratamento de canal (endodontia) e de doenças da gengiva (periodontia).

No Brasil, menos de 22% da população adulta e menos de 8% dos idosos apresentam as gengivas sadias. Os dados são do SB Brasil, o mais completo levantamento sobre saúde bucal, concluído em 2003.

Os CEOs também oferecem diagnóstico oral, com ênfase na identificação do câncer de boca.

Tratamento

Até o lançamento do Brasil Sorridente, em março de 2004, apenas 3,3% dos atendimentos odontológicos, feitos no Sistema Único de Saúde (SUS), correspondiam a tratamentos especializados. Em Minas Gerais, como no
restante do Brasil, a quase totalidade dos
procedimentos era de tratamento básico, como extração dentária, restauração, aplicação de flúor e resina.

Todos os cidadãos têm direito aos serviços oferecidos pelos CEOs, mas, para isso, precisam ser atendidos previamente pelas equipes de atenção básica, postos de saúde e unidades básicas de saúde.

Os pacientes não marcam consultas diretamente nos centros. As equipes de saúde avaliam a gravidade do procedimento e agendam a consulta, em nome do paciente, no centro de especialidades. As unidades dão continuidade ao trabalho feito pelos profissionais do programa Saúde da Família (PSF).

Fonte: Jornal Estado de Minas (13/07/2006)


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