Dia Mundial da Saúde: a saúde integral começa pela boca no combate à covid-19

Neste 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, o Sistema Conselhos de Odontologia fortalece a importância da Odontologia Hospitalar em tempos de covid-19, no cuidado integral da saúde do paciente. Neste ano de desafios pandêmicos, a ciência evidenciou, por diversas vezes, que a boca é a principal porta de entrada de microrganismos que podem causar diversos tipos de doenças, em especial pulmonares e cardíacas.

A data, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1948, reforça a relevância da conscientização mundial acerca da presença do Cirurgião-Dentista enquanto equipe multidisciplinar. Segundo a Cirurgiã-Dentista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Hospital Auxiliar de Suzano e Instituto Central), Juliana Franco, os pacientes com covid-19 apresentam um aumento do tempo de hospitalização e de intubação, o que ocasiona piora na saúde bucal e aumento dos danos na cavidade da boca, como lesões orais, infecções oportunistas, babação, traumas na mucosa oral e no tubo da intubação e sangramentos.

Juliana Franco é incisiva ao afirmar que o Cirurgião-Dentista capacitado, treinado e habilitado em Odontologia Hospitalar, na linha de frente em ambiente hospitalar ou Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), é o responsável pelo diagnóstico e tratamento odontológico desses pacientes. “O Cirurgião-Dentista proporciona melhora da condição bucal, no conforto oral, diminui os agravos da internação e atua diretamente na prevenção de outras infecções, como as pneumonias associadas à ventilação mecânica. Além de contribuir para reabilitação desse paciente, principalmente em relação à parte nutricional e fonoaudiológica (ajuste das próteses dentárias e uso de medidas secativas para babação)”, explicou.

Para além do atendimento, o Cirurgião-Dentista também é responsável por realizar a instalação de próteses bucais para diminuição de traumas por mordedura no tubo da intubação orotraqueal durante os momentos de desmame da sedação ou de agitação. O artigo científico “Protetores bucais para pacientes com covid-19 em Unidade de Terapia Intensiva: recomendações de especialistas”, publicado em março deste ano, demonstra o impacto positivo do protocolo de protetores bucais utilizado em larga escala no paciente covid-19 assistido em UTI, em vigência da ventilação mecânica. A medida é importante para a manutenção da perfusão de oxigênio pelo tubo da intubação orotraqueal e manutenção da saturação de oxigênio.

Além disso, é importante destacar que a atuação do Cirurgião-Dentista foi e é imprescindível nesse momento pandêmico. O contexto é de aumento dos pacientes com problemas odontológicos por conta do estresse causado pelas medidas restritivas, medo da doença e isolamento social.

Como rotina diária, o padrão de higiene bucal realizada em casa também se faz fundamental no combate à pandemia, explica o Presidente do CFO, Juliano do Vale, associado a consultas regulares ao Cirurgião-Dentista a cada três ou seis meses, ou ao perceber qualquer alteração, a depender de cada caso: “Nesse contexto, também cabe ressaltar o preparo profissional do Cirurgião-Dentista e equipe para lidar com ambientes de alto risco biológico e conduzir protocolos de biossegurança essenciais ao momento pandêmico”.

Nesta data, o CFO também reforça a manifestação do Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde (CNS/MS): “Semana da Saúde 2021 – A gente quer viver”, de 5 a 11 de abril. O objetivo da iniciativa é fortalecer a divulgação das atividades virtuais em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e da vida, por meio da promoção e participação das atividades online. Clique aqui e confira provação do CNS.

Por Michelle Calazans, Ascom CFO / Com informações da Agência Brasil e da Cirurgiã-Dentista Juliana Franco.
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