Na Casa Legislativa que já foi sede do Parlamento federal, diante de diversos cirurgiões-dentistas com atuação política nacional, foi empossado o novo Plenário do CFO, presidido pelo sul-matogrossense Ailton Diogo Morilhas Rodrigues.
Era o cenário ideal. No Palácio Tiradentes, que homenageia um dos heróis nacionais e patrono máximo da Odontologia, na Assembleia Legislativa onde, por tantos anos, foram discutidas e votadas as leis nacionais – quando o Distrito Federal ainda ficava no Rio de Janeiro – o Conselho Federal de Odontologia (CFO) empossou, no dia 11 de dezembro, o seu novo Plenário, gestão 2009-2012.
Primeiras palavras
“São muitos e complexos os desafios. Mas não tenham dúvida, também é imensa a vontade política de dirigir o CFO com atitude crítica para avançarmos na luta, trilhando os caminhos da gestão democrática, já em curso”, afirmou Ailton Diogo Morilhas Rodrigues, em seu primeiro pronunciamento como presidente do CFO.
Após reiterar a continuidade do empenho pela aprovação de projetos de lei de interesse da saúde bucal, Rodrigues listou os temas que devem compor a agenda de sua gestão: mobilização permanente por um ensino odontológico de qualidade; adoção de um plano de carreira e salários para o SUS; implantação da CBHPO (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Odontológicos); combate ao exercício ilegal; e valorização da profissão. “Meus prezados presidentes de CROs e delegados-eleitores que confiaram em nós, podem ter a certeza de que o novo Plenário tudo fará para que não haja decepções”, completou.
Autoridades da Odontologia
Na mesa oficial da Alerj, ele estava acompanhado de diversos líderes políticos, quase todos cirurgiões-dentistas. A começar pelo deputado estadual Pedro Fernandes (DEM), que presidia a sessão solene, passando pelo coordenador nacional de Saúde Bucal, Gilberto Pucca Jr., o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Antônio Carlos Nardi, além do presidente do CRO-RJ, Afonso Fernandes Rocha, e do agora ex-presidente do CFO Miguel Álvaro Santiago Nobre. Completando a mesa, estava o “dentista honorário” Oscar Berro, diretor da rede hospitalar federal no Rio de Janeiro. Berro era secretário de saúde de Duque de Caxias, em 2007, quando o município foi o vencedor do Prêmio Brasil Sorridente/Conselhos de Odontologia.
Espaço ocupado
“Precisamos ter a exata noção da importância deste evento para a Odontologia brasileira”, destacou Gilberto Pucca, diante de um plenário totalmente ocupado por dirigentes de Conselhos Regionais de Odontologia e entidades nacionais como ABCD (Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas), ABO (Associação Brasileira de Odontologia), FIO (Federação Interestadual dos Odontologistas) e FNO (Federação Nacional dos Odontologistas). “Há pouco tempo estávamos fora de uma Casa Legislativa como essa. É simbólico estarmos hoje aqui, ocupando este espaço”, completou Pucca, antes de parabenizar Miguel Nobre pela “contribuição dada ao programa Brasil Sorridente”.
Em seu discurso de despedida, Miguel Nobre soube sintetizar o momento. “Um novo ciclo começa. Novos desafios serão colocados. A roda do tempo não para. Quando o futuro virar presente, desejo a vocês o mesmo que desejo a mim agora: que o legado deixado para a Odontologia seja algo realmente palpável, que nos confirme a certeza de que sempre vale a pena trabalhar pelo próximo”, finalizou.
Os aplausos vindos do plenário, onde também estava o ex-presidente do CFO Jacques Duval, entre outras personalidades históricas da profissão, como o ex-vice-presidente do CFO, Clemente Galvão Neto, mostraram o reconhecimento público da classe pelos avanços promovidos nas últimas gestões da Autarquia. Em seguida, enquanto dava um forte abraço no colega de Plenário durante nove anos, o novo presidente do CFO Ailton Diogo Rodrigues parecia chamar para si a responsabilidade de seguir adiante.
Um novo ciclo começa.
Marcelo Pinto
A nova composição do Plenário do CFO