Novo ministro da Saúde, Arthur Chioro é médico especialista em Saúde Coletiva

Brasília – Nesta segunda-feira (03/02), o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha,  transmitiu o cargo para seu sucessor, Arthur Chioro, de 50 anos. Médico sanitarista, doutor em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Arthur Chioro teve sua trajetória como gestor público ligada à construção do Sistema Único de Saúde (SUS). Chioro é professor universitário e pesquisador nas áreas de gestão e planejamento em saúde, Chioro foi secretário de saúde de São Vicente (SP) entre 1993 e 1996 e comandava a Secretaria de Saúde de São Bernardo do Campo (SP) desde 2009.

Ministro da Saúde Arthur Chioro
Ministro da Saúde Arthur Chioro
O novo ministro integrou a equipe do Ministério da Saúde entre 2003 e 2005 como Diretor do Departamento de Atenção Especializada, quando coordenou a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192); o processo de certificação e contratualização dos Hospitais de Ensino e dos Hospitais Filantrópicos; e a reorganização da rede nacional de alta complexidade. Nascido em Santos (SP), Arthur Chioro é casado e tem quatro filhos.
Durante a transmissão de cargo, no Palácio do Planalto, Alexandre Padilha aproveitou a oportunidade para destacar realizações do Ministério da Saúde nos últimos três anos.

Uma das principais realizações de sua gestão é o programa Mais Médicos, que leva profissionais para as áreas mais remotas e carentes do País.
“Este programa agora é Lei que vem preencher a imensa guinada de valorização da atenção básica. Até o final de março, teremos 13 mil profissionais do Mais Médicos”, disse Padilha.

O ex-ministro também falou do avanço na tecnologia na produção de medicamentos e a incorporação da vacina HPV no calendário de imunização de meninas de 11 a 13 anos, a partir de 10 de março.

“Neste ano, nada menos que 5 milhões de pré-adolescentes serão vacinadas contra o vírus do HPV”, afirmou Padilha.
Outro programa que mereceu destaque na cerimônia foi o Farmácia Popular.

“Aumentamos em sete vezes o número de pessoas que pegaram remédio de graça para hipertensão, diabetes e asma no farmácia popular”.

Padilha também lembrou que os avanços na saúde fizeram com que organismos internacionais, como Unicef e ONU, reconhecessem os esforços do governo federal para diminuir a mortalidade infantil e no tratamento a pacientes com AIDS.
Emocionado, Padilha também agradeceu a coordenadores e diretores de órgãos ligados ao Ministério da Saúde e parlamentares, que garantiram o repasse de parte dos recursos do Pré-Sal para a área de saúde.

“Arthur, todos nós que defendemos a vida e o SUS confiamos em você”, disse Padilha ao novo ministro, que recebeu um colete da Força Nacional do SUS.
“Sinto-me profundamente honrado por ter recebido esse convite desafiador” disse Arthur Chioro.

“O que me instiga é a oportunidade de colocar em prática tudo que aprendi, os sonhos e ideais de toda uma vida”, afirmou.

Em seu primeiro pronunciamento como ministro, Chioro destacou o desafio que será coordenar a pasta: “O meu compromisso, selado com a presidenta Dilma Rousseff, foi o de aprimorar os processos em cursos, inovar onde for preciso e ir além”, disse. Chioro também mencionou ampliação de campanhas de vacinação e de prevenção de doenças, como hepatites, HIV, dengue, entre outras.

Em relação ao programa Mais Médicos, o ministro Arthur Chioro afirmou que “a revolução iniciada com o Mais Médicos vai continuar”, e que o programa é “uma das criações mais acertadas de uma gestão federal”. “Vou dar continuidade e qualificar, ainda mais, o programa. Educação em saúde continuará sendo uma prioridade nossa também”.  
Antes da cerimônia, o novo ministro deu entrevista para o Blog do Planalto: “Em primeiro lugar, é uma honra ser convocado pela presidenta Dilma para esta missão tão importante para a saúde do povo brasileiro. Em segundo lugar, eu terei uma tarefa imensamente difícil, que é substituir o

Alexandre Padilha

Médico infectologista formado pela Unicamp, com especialização pela USP, Padilha coordenou o Núcleo de Extensão em Medicina Tropical do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP (Numetrop/USP), entre 2000 e 2004, período que foi também coordenador de Projetos de Pesquisa, Vigilância e Assistência em Doenças Tropicais, no Pará, realizado em parceria com a OPAS e o Fundo de Pesquisa em Doenças Tropicais da Organização Mundial de Saúde.

Ainda em 2004, assumiu o cargo de diretor Nacional de Saúde Indígena da Funasa, órgão ligado ao Ministério da Saúde.
Nomeado ministro de estado chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República em setembro de 2009, Alexandre Padilha já atuava na coordenação política do governo Lula desde agosto de 2005, quando ingressou na Subchefia de Assuntos Federativos (SAF), a qual chefiou entre janeiro de 2007 e a posse como ministro. Membro do PT, Alexandre Padilha integrou a coordenação das campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva (1989 e 1994) e de Dilma Roussef (2010).

Por Bianca Lopes / Departamento de Comunicação do CFO