“O que esperamos do próximo Presidente do Brasil”

CFO entrega para candidatos à presidência da República um documento com propostas da classe embasado nos dados da pesquisa CFO/Datafolha

interna_176x196px_novo_presidenteÀs vésperas de mais uma eleição presidencial, o CFO cumpre a sua missão institucional e leva aos candidatos à presidência da República um documento com as principais propostas da classe odontológica, com dados concretos revelados pela pesquisa inédita sobre comportamentos, hábitos e atitudes do brasileiro na Saúde Bucal, encomendada pelo Conselho Federal de Odontologia ao Datafolha Instituto de Pesquisa. “O que esperamos do próximo Presidente do Brasil” com certeza, irá sensibilizar as autoridades para os problemas de acesso a um serviço público de Odontologia com a qualidade que os brasileiros merecem, e com a legitimidade da opinião do povo brasileiro. O documento foi entregue aos assessores dos candidatos Aécio Neves e Dilma Rousseff.

Com esse documento esperamos cumprir o nosso dever institucional e o nosso papel de cidadãos. Que o Brasil possa continuar avançando nas políticas de Saúde Bucal, com o apoio de toda a classe odontológica do país, que atua com competência, qualidade e responsabilidade em todos os rincões deste nosso país”, afirma o presidente do CFO, Ailton Morilhas.

As demandas da classe odontológica estão embasadas em dados estatísticos e em pesquisas de campo que conferem transparência e credibilidade ao documento. A Saúde Bucal do Brasil vive um momento de transição. É preciso ampliar a cobertura do atendimento primário, mas, ao mesmo tempo, evoluir para o atendimento completo, o que vai exigir desde maiores investimentos públicos até um novo impulso na formação profissional. As demandas aqui colocadas, se atendidas, são importante passo para o nosso país chegar a um novo patamar de qualidade em saúde bucal. Esse é o objetivo do Conselho Federal de Odontologia ao apresentar este documento aos que se candidatam a assumir a Presidência do Brasil.

O objetivo do CFO é elevar os indicadores de Saúde Bucal no Brasil aos níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), reduzindo as diferenças regionais que impedem o país de alcançar esse patamar de proteção à sociedade. O Conselho entende que, embora medidas pontuais sejam necessárias e eficazes para a solução de problemas agudos, somente por meio de uma ação sistêmica que ultrapasse mandatos e esferas de governo será possível alcançar esses objetivos.

O cirurgião-dentista brasileiro alcançou média 9,0 no desempenho em seu trabalho, mostra a pesquisa realizada, em abril, por meio de entrevistas com a população. No entanto, ela também revela que a disponibilidade do atendimento odontológico oferecido ao cidadão não obteve o mesmo sucesso, apesar de todos os esforços que aumentaram em mais de 500% o número de Equipes de Saúde Bucal, na estratégia do Programa de Saúde da Família, desde 2002. A pesquisa trouxe esses e outros dados valiosos, permitindo ao CFO sugerir ações estratégicas e medidas de impacto ao próximo Presidente da República, compiladas nesse documento.

Para isso, o CFO detalhou as principais demandas da classe odontológica:

Políticas Públicas

Tem o desafio de transformar o Brasil Sorridente em política de Estado. Os resultados esperados são: – Aumentar o alcance (cobertura geográfica e especialidades) das ações atuais; – Reduzir os riscos, a incidência e a variabilidade dos agravos em saúde bucal. Para isso, as ações recomendadas são de aprovar projeto de lei institucionalizando o Brasil Sorridente, portanto os indicadores da pesquisa pedem pela aprovação do projeto de lei.

Comunicação

O desafio é manter comunicação permanente, integrada e objetiva sobre a saúde bucal. Os resultados esperados são – Aumentar o conhecimento da população sobre o Brasil Sorridente; – Reduzir a incidência de enfermidades relacionadas à saúde bucal; – Aumentar a visibilidade das oportunidades de formação, trabalho e financiamento. As ações recomendadas para isso são: – – Criar e implementar  política de comunicação sobre a saúde bucal; – Realizar campanhas nacionais periódicas sobre prevenção do câncer bucal, endocardite bacteriana, hepatite C, diabetes e outras. – Realizar campanhas nacionais periódicas voltadas para gestantes, idosos e crianças; – Incluir a higiene bucal nos conteúdos transversais do ensino básico. – Realizar campanhas nacionais periódicas voltadas para os profissionais de odontologia (atuais e futuros). Os indicadores apontam para: – Proposição,
aprovação e implementação de uma política de comunicação; – Verba orçamentária federal “carimbada” para campanhas periódicas.

Atendimento à população: ampliar o financiamento ao SUS e a oferta de água tratada, assegurando a fluoretação.

Formação Profissional

Desafio: melhorar a qualidade da formação profissional

Resultados esperados: – Aumentar a criação de cursos técnicos com bolsa para estudantes carentes; – Aumentar a qualificação dos professores universitários.

Ações recomendadas: – Fazer a avaliação continuada dos cursos de graduação com ênfase na formação; – Condicionar os financiamentos das IES à nota obtida pelos cursos atuais; – Regulamentar a residência odontológica.

Indicadores: – Modificação dos critérios de avaliação, com ênfase nos aspectos de formação; – Avaliação anual dos cursos superiores de odontologia; – Proposição, aprovação e regulamentação da residência odontológica; – Proposição, aprovação e implantação de projeto de lei regulamentando a residência odontológica.

Valorização da Categoria: assegurar o CFO como órgão regulador do exercício profissional; desoneração da carga tributária sobre atividades em saúde

Ao entregar esse documento, esperamos do próximo Presidente do Brasil ações efetivas para toda a classe odontológica do país, que cumpre seu papel em prol da sociedade brasileira.

Veja na íntegra, a pesquisa sobre a Saúde Bucal no Brasil

Leia o documento “O que esperamos do próximo Presidente do Brasil