O Ministério da Saúde lançou nesta sexta-feira, 11 de fevereiro, em Assembleia Conjunta do CFO com os Presidentes dos CROs, a Pesquisa Nacional de Saúde Bucal – SB Brasil 2020 (vigência 2021-2022). O levantamento epidemiológico acontece de forma integrada com os Conselhos de Odontologia para análise da saúde bucal e identificação das principais doenças ou problemas odontológicos da população a fim de subsidiar as políticas públicas de saúde. Coordenadores estaduais de saúde bucal de todo o país e presidentes de entidades odontológicas nacionais também participaram do lançamento.
Neste primeiro semestre de 2022, a pesquisa entra na etapa de coleta de dados, com início pelas capitais brasileiras, em continuidade no interior. A SB Brasil se baseia na busca ativa: a equipe de campo vai até a casa das pessoas para fazer a avaliação bucal. No total, serão examinados 50,8 mil moradores de 422 municípios (a maior amostra entre todos os levantamentos já feitos). A pesquisa nacional é feita a cada 10 anos e, inicialmente, estava prevista para ser realizada em 2020, mas precisou ser adiada em decorrência da pandemia de Covid-19.
Segundo o secretário da Secretaria de Atenção Primária a Saúde/MS, Raphael Câmara, afirmou que o aceite do Conselho Federal de Odontologia foi fundamental para desenvolvimento deste trabalho histórico. “Para o Governo Federal, a saúde bucal é prioridade máxima. O orçamento da saúde bucal aumenta ano após ano, inclusive já solicitamos aumento de orçamento para a atenção primária junto ao Ministério da Economia, sempre com o apoio do ministro da Saúde para lograr êxito. A exemplo do pré-natal odontológico, que entre 2020 a 2021, aumentamos em 16% o indicador de investimento. Vamos implementar novas medidas em 2022 e, para isso, contamos com o apoio dos Conselhos de Odontologia”, afirmou.
O coordenador-geral de Saúde Bucal/MS, Wellington Carvalho, explica que nesta edição, a novidade consiste no recorte estadual de dados: “Esse novo modelo de pesquisa nacional viabiliza que cada estado saiba as condições de saúde bucal da sua população. Aproveito a ocasião para agradecer a atuação dos Conselhos de Odontologia nessa pesquisa em etapa de planejamento e de amostra (coleta de dados da população). Agradeço, também, todos os Cirurgiões-Dentistas, Auxiliares e Técnicos da Odontologia que irão participar dessa pesquisa e contribuirão ricamente para o aprimoramento das políticas públicas em saúde bucal”.
A representante da Organização Pan-Americana de Saúde, Socorro Gross, parabeniza os esforços para priorizar os programas de saúde e inovarem em ações de prevenções e intervenções no atendimento odontológico. “Fico muito feliz em presenciar tamanha mobilização conjunta em defesa do aperfeiçoamento dos atendimentos realizados à população no âmbito da atenção primária à saúde. Nós entendemos a importância desse momento, principalmente com foco na saúde bucal de crianças e grávidas”, destacou.
A professora de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Minas Gerais, Efigênia Ferreira, esclarece que, desde 2018, um grupo de oito professores ligados à saúde bucal trabalha, incansavelmente, a convite do Ministério da Saúde e com apoio incondicional da Coordenação-Geral de Saúde Bucal. “O levantamento foi iniciado, de fato, e nós estamos muito felizes de ter essa série de dados a caminho da terceira coleta. Nesse processo, é muito interessante presenciar os profissionais de saúde bucal realmente envolvidos e entusiasmados, o que inclui diversos acadêmicos. É um grande ganho para a população brasileira. Apesar de cansativo, é um trabalho gratificante”.
O Presidente do CFO, Juliano do Vale, reforçou o compromisso assumido pela atual gestão em defesa de avanços na maior e melhor Odontologia do mundo, que é a Odontologia Brasileira. “A partir desse lançamento, com tamanha magnitude, faz com que nosso compromisso de gestão ganhe força. Juntos, precisamos direcionar nossos esforços, com apoio político e institucional, para melhorar a Odontologia e a condição de saúde bucal dos brasileiros. Consequentemente, é possível melhorar todos os demais índices de saúde da população. Nós temos a missão de transformar a cultura de valorização da Odontologia, do serviço público de saúde bucal e dos profissionais do SUS, amparados em políticas públicas. Precisamos, também, buscar mecanismos de divulgação das ações de Odontologia à população”.
Quem participa
A pesquisa se baseia na coleta de dados socioeconômicos, por meio de questionário, seguida da avaliação da saúde bucal, com um exame físico, de pessoas das seguintes idades: 5 anos, 12 anos, 15 a 19 anos, 35 a 44 anos e 65 a 74 anos. Assim, são identificadas as necessidades e agravos bucais mais prevalentes. Esse trabalho é realizado por equipes de campo compostas por 2,5 mil profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) em todo o Brasil. Os agravos identificados terão estimativas por estados, capitais e regiões de municípios do interior.
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Por Michelle Calazans e Camila Melo, Ascom CFO / Com informações do Ministério da Saúde.
Fotos: Rufino