A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008, que pela primeira vez trará informações sobre tabagismo, será apresentada nesta sexta-feira, dia 27/11. Pesquisadores do IBGE visitaram 150 mil residências para recolher dados sociais e econômicos dos brasileiros. Além de informações sobre renda, escolaridade e consumo, este ano a pesquisa trará um suplemento especial com informações sobre saúde.
O tabagismo mereceu um capítulo em separado – a Pesquisa Especial de Tabagismo (Petab), com 91 perguntas, aplicada em 50 mil domicílios no Brasil. O questionário é o mesmo aplicado em outros 15 países, como parte do Inquérito Global de Tabagismo (GATS). Há perguntas dirigidas ao fumante diário, ao fumante ocasional e ao ex-fumante sobre produtos do tabaco que emitem fumaça (cigarro, charuto, cigarrilha) ou não (rapé, fumo de mascar). O tema abordará ainda as tentativas e os métodos para deixar de fumar, o fumante passivo e a exposição à mídia relacionada ao tabaco.
O Inquérito Global de Tabagismo é coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e tem apoio financeiro da Iniciativa Bloomberg Global para Redução do Uso do Tabaco. O Brasil foi o primeiro país a incluir o Inquérito em um sistema regular de vigilância e deve realizá-lo a cada cinco anos para avaliar a evolução do tabagismo no país.
Para a implementação do estudo, foi criado um comitê formado por diversas instituições do Ministério da Saúde, como o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a Secretaria de Vigilância em Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e a Fundação Oswaldo Cruz. A padronização dos protocolos e questionários aplicados nos 16 países permitirá a comparação da situação do tabagismo em diferentes regiões do mundo.
O suplemento sobre saúde vai apresentar detalhes e responder a várias questões, como: se as famílias têm plano de saúde; com que frequência fazem uso de medicamentos; como está a saúde das mulheres; e quantos brasileiros praticam algum tipo de atividade física.
A pesquisa básica da Pnad 2008, com 251 perguntas, investiga as características dos domicílios, dos moradores, migração, educação, trabalho e rendimento, trabalho infantil e fecundidade, questionando, por exemplo, o número de cômodos das residências, se há serviços de abastecimento de água, rede de esgoto, coleta de lixo, energia elétrica, telefonia móvel e convencional, e os bens duráveis (fogão, geladeira, máquina de lavar, computador com acesso à Internet), entre outras informações.
São Paulo é o estado onde foram visitados mais domicílios (17.580), seguido por Minas Gerais (14.154), Bahia (13.874), Rio Grande do Sul (12.324) e Rio de Janeiro (11.841).
Fonte: site do Inca