Estimativa é feita pelo presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofacial, com base em pesquisas realizadas por institutos americanos e literatura nacional
Cerca de 10 milhões de brasileiros precisam se submeter a uma cirurgia ortognática para a correção de problemas no maxilar na mandíbula. A informação foi dada pelo presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Mario Francisco Real Gabrielli, com base em pesquisas realizadas por institutos norte-americanos e na literatura nacional da área.
“De acordo com os números, 60% da população do país necessita de algum tipo de tratamento ortodôntico, mas 5% só resolveria o problema se passasse pela intervenção cirúrgica”, calcula o cirurgião bucomaxilofacial. A cirurgia tem como resultado deixar o rosto assimétrico. Com a estética facial comprometida, o indivíduo acaba se isolando por vergonha.
A anomalia que faz com que o queixo fique pra frente ou pra trás pode causar problemas funcionais graves, como apneia, dores na musculatura do rosto, enxaquecas e até disfunções estomacais (devido à mastigação incorreta).
De acordo com Gabrielli, apesar de ainda ser considerada baixa, a quantidade de pessoas que buscam informações e decidem iniciar o tratamento cirúrgico vem crescendo.
“O número de pacientes que têm acesso aos tratamentos em clínicas privadas ou em cursos é cada vez maior, e a quantidade de cirurgiões que realizam o procedimento também está aumentando”. Segundo ele, quando o problema é moderado e o paciente ainda está em fase de crescimento, é possível usar técnicas de direcionamento para colocar os dentes na posição correta, mas, se a pessoa já for adulta, as compensações ortodônticas não chegam a resultados tão eficazes.