O Conselho Federal de Odontologia (CFO) apresenta nova versão de recomendações elaboradas junto com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) para fortalecer a luta contra a COVID-19 no atendimento odontológico. A atualização do documento, conduzida no Comitê de Odontologia de Enfrentamento à COVID-19, tem como base publicações científicas, avanço no conhecimento da doença e, principalmente, esclarecimento de dúvidas relatadas por Cirurgiões-Dentistas.
A nova versão do documento intensifica o auxílio e orientação de Cirurgiões-Dentistas e agentes públicos para aplicação de medidas protocolares técnicas precisas, evitando assim, a proliferação do vírus. As informações são conduzidas para atendimento de urgência e emergência odontológica, bem como para melhor condução do atendimento eletivo, na retomada gradativa de sua normalidade. Como a doença é dinâmica, novas modificações podem surgir, considerando o esforço contínuo do Comitê nas discussões e análises criteriosas de evidências clínicas e científicas no combate à COVID-19.
Entre as recomendações, o documento apresenta procedimentos específicos para diminuir o risco de transmissão aérea no atendimento odontológico. Quando o isolamento não for possível, o recomendável é dar preferência a instrumentos manuais para remoção de cáries e uso de extratores (Curetas, Cinzéis, Foices, Enxadas e Limas periodontais) de cálculo ao invés de aparelhos ultrassônicos para minimizar a geração de aerossóis. O que inclui o uso de dique de borracha, sempre que o procedimento permitir.
Como o novo coronavírus (SARS-CoV-2) é vulnerável à oxidação, a recomendação é higienizar previamente a boca do paciente por meio de escovação e/ou bochecho com antisséptico. Além de fornecer bochechos com Peróxido de Hidrogênio a 1% antes de cada atendimento. Ambos são recomendados para reduzir a carga viral salivar. Não há recomendação do uso de digluconato de clorexidina, em qualquer concentração, considerando que ainda não há evidências científicas que demonstrem a eficácia da clorexidina contra o novo SARS- CoV2.
Além disso, o documento apresenta, ainda, orientações sobre limpeza e desinfecção de superfícies, o tratamento de resíduos e cuidados bucais com pacientes diagnosticados com COVID-19. Bem como informações precisas para procedimentos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), abrangendo também manutenção da higiene bucal para prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM).
Para o Presidente do CFO, Juliano do Vale, a nova versão de recomendações ratifica o compromisso da Autarquia no combate à pandemia. “Essa atualização subsidiará, conforme as demandas identificadas, maior segurança nos procedimentos odontológicos realizados. Como a doença COVID-19 e seus impactos ainda estão em estudo contínuo, incertezas são comuns. Por isso, seguimos trabalhando para viabilizar, sempre que necessário e com máxima responsabilidade, recomendações coerentes, concisas e baseadas em evidências clínicas e científicas”, completou.
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Por Michelle Calazans, Ascom CFO.
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