O Dia Nacional da Consciência Negra foi instituído para fomentar a discussão sobre a inserção dos afrodescendentes na sociedade brasileira e sobre a triste página da escravidão na história brasileira. Alguns estados e muitos municípios celebram a data com um feriado.
Como se sabe, do século XVI ao XIX, homens e mulheres negros foram trazidos, contra sua vontade, do continente africano para o Brasil. Aqueles que não morriam nos porões dos navios na travessia do Atlântico eram vendidos para senhores de escravos. Os negros e seus descendentes trabalhavam nos latifúndios de cana-de-açúcar e outras culturas, na mineração, em funções domésticas e em diferente atividades urbanas.
A partir de meados do século XIX, uma série de leis estabeleceu limitações à escravidão até a sua abolição completa pela Lei Áurea de 13 de maio de 1888. O Brasil foi um dos últimos países a abolir a escravidão e não criou condições para incorporar o imenso contingente de escravos recém-libertos ao mercado de trabalho e para dotá-los de cidadania plena.
A escravidão deixou marcas nefastas na sociedade brasileira. Mesmo depois de 129 anos da sua abolição, a população de negros e pardos no nosso país continua a apresentar indicadores econômicos e sociais claramente inferiores aos de brasileiros de origem europeia.
Tão grave quanto a disparidade econômico-social é a persistência do preconceito racial. A percepção de que um ser humano é inferior a outro por características raciais sobreviveu à passagem das gerações, a todas as evidências científicas contrárias e à criminalização da prática e emerge, com alguma frequência, em manifestações expostas, por exemplo, nas mídias sociais.
Neste Dia Nacional da Consciência Negra, o CFO reafirma o caráter multirracial da profissão de cirurgião-dentista e congratula os muitos brasileiros negros e pardos que trabalham na Odontologia.