CROSP faz exames para detecção da Hepatite C

Profissionais da área da saúde estão expostos ao risco de contaminação pela Hepatite C. Por isso, reforçando a iniciativa de anos anteriores, a diretoria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) está promovendo uma campanha para conscientizar a classe odontológica sobre os perigos oferecidos pela doença.

Os exames, recentemente realizados em quatro cidades do interior, têm como público-alvo, além dos cirurgiões dentistas, também os técnicos e auxiliares em saúde bucal, técnicos em prótese dentária e graduandos em odontologia. Seus cônjuges também puderam realizar este importante teste. Todo o processo é rápido, sendo possível obter a resposta em menos de dez minutos.

A Hepatite C, na maioria dos casos, é uma doença assintomática que atinge um em cada 33 pessoas no planeta. É causada pelo vírus VHC, transmitido após o contato com sangue contaminado. O contágio também se dá através das vias sexual e vertical (da mãe para o filho). Entre 70% e 85% das infecções, a Hepatite C se transforma em casos crônicos, podendo até evoluir para doenças como cirrose (lesões no fígado) e câncer hepático.

Nos meses de agosto e setembro, a equipe do CROSP foi até as cidades de Araraquara, São José do Rio Preto, Mogi das Cruzes e São José dos Campos para realizar os testes nos grupos específicos. No total das quatro cidades foram realizados cerca de 500 exames, sendo detectados dois casos positivos. É importante ressaltar que todos os casos positivos são encaminhados para unidades de saúde de referência para a realização de exames complementares e tratamento específico.

• 19/08 – Araraquara – 59 testes
• 20/08 – São José do Rio Preto – 51 testes
• 11/09 – Mogi das Cruzes – 154 testes
• 12/09 – São José dos Campos – 210 testes

Nos dias 11, 12 e 13 de outubro o CROSP estará levando esta campanha no 13º Congresso da Apdesp (Associação dos Técnicos em Prótese Dentária do Estado de São Paulo) no Expo Center Norte e no dia 24 de outubro estará em Presidente Prudente.

Dicas para evitar Hepatite C

A incidência de hepatite C pode ser reduzida pelo rastreamento adequado de doadores de sangue nas últimas décadas. Hoje, apenas 5% dos novos casos são adquiridos dessa forma. A melhor forma de prevenção reside no combate ao uso de drogas endovenosas. Ainda não há perspectiva a médio prazo de uma vacina eficiente. Porém, há alguns cuidados básicos de prevenção; confira:

• Não compartilhar escovas de dente, equipamentos dentários e lâminas de barbear;
• Ter seu próprio kit de manicure e evitar compartilhar alicates de unha;
• Cobrir qualquer sangramento;
• Evitar o uso de drogas e o compartilhamento de seringas, agulhas, algodão e outros;
• Descartar seringas e agulhas de forma segura após a utilização.

Fatores de risco para o contágio da hepatite C
Transfusão de sangue ou derivados
Uso de drogas ilícitas
Hemodiálise
Exposição a sangue por profissionais da área de saúde
Receptores de órgãos ou tecidos transplantados
Recém-nascidos de mães portadoras
Relações sexuais sem uso de preservativo
Exposição a sangue por material cortante ou perfurante de uso coletivo sem esterilização adequada:

• Procedimentos Médico e odontológicos que não atendam as condições apropriadas de biossegurança;
• Tatuagem;
• Acupuntura;
• Manicure / pedicure;
• Body piercing;
• Compartilhamento de materiais de uso pessoal (barbeadores, escovas dentais, etc.).

Sintomas
Cada pessoa reage de maneira diferente. Geralmente, em casos crônicos, o paciente pode apresentar mal estar, vômitos, náuseas, pele amarelada e dores musculares.

Tratamento
O tratamento padrão consiste na combinação de dois medicamentos, o interferon convencional ou interferon peguilado, que deve ser injetado de uma a três vezes por semana, mais a ribavirina.

O interferon inibe ou a replicação do vírus que no atinge e, ainda, protege as células sadias. O interferon peguilado (ou peginterferona) é uma forma de interferon que age de forma mais duradoura e eficiente no organismo, devido à peguilação (junção da molécula) do interferon convencional.

No início do tratamento, algumas pessoas se queixam de sinais parecidos com uma gripe forte: dores no corpo, náuseas, febre. Outros sintomas possíveis são a dor de cabeça, fadiga, falta de apetite, perda de cabelo, vômitos e até a depressão. A tendência é que os incômodos desapareçam quando o organismo se acostuma com o medicamento. Com o término do tratamento, esses sintomas somem.

Cura
A cura ocorre quando há a ausência do vírus no sangue seis meses após o término do tratamento. A única maneira possível de eliminar o vírus é ministrando a medicação, por isso, é indispensável que o paciente cumpra todas as orientações médicas.

Fonte:http://www.crosp.org.br/noticias/exibir/?id=368