No Dia Nacional de Combate ao Câncer, celebrado em 27 de novembro, o Ministério da Saúde e o INCA lançam a campanha “O Câncer Não Pode Acabar com a Vontade de Viver”, que tem como objetivo diminuir o estigma social sobre a doença.
O CFO vale-se da data para ressaltar a importância da atuação dos cirurgiões-dentistas na Oncologia. Os CDs cumprem um papel fundamental na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de boca (cavidade oral) e no acompanhamento de pacientes oncológicos.
O CD deve incentivar que os pacientes fiquem atentos às suas bocas. Laurindo Sassi, CD com ampla experiência na área, recomenda que o profissional oriente o paciente a realizar, uma vez ao mês, o autoexame usando como instrumental um espelho e um cabo de colher. O paciente deve escolher um local bem iluminado e ficar diante do espelho de boca aberta. Utilizando cabo de colher para afastar a região jugal, ele deve levantar a língua e examinar toda boca em busca de lesões: manchas brancas ou vermelhas, úlceras e nódulos. No caso de lesões que não desapareçam em 15 dias, o paciente deve procurar o CD. As alterações podem ser uma doença simples ou o inicio do câncer de boca.
No consultório, o CD deve ficar atento a todos os sinais e sintomas de câncer nos pacientes. Cabe ao profissional encaminhar ou realizar a biopsia no paciente que apresentar lesão potencialmente maligna ou com característica de malignidade.
Os CDs também têm um papel fundamental na prevenção e tratamento dos efeitos adversos da radioterapia ou quimioterapia, como as mucosites, hipossalivação, trismo, “cáries de radiação” e osteorradionecrose.
O INCA estima a ocorrência de 11.140 novos casos de câncer de cavidade oral em homens no Brasil em 2017 e 4.350 casos em mulheres.
O tratamento de câncer exige a atuação de equipes multiprofissionais e a contribuição dos CDs é imprescindível.