A Associação Odontológica de Uganda e a Faculdade de Odontologia da Universidade Thammasat, da Tailândia, referenciaram, nesta semana, o trabalho desenvolvido pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) para inclusão da saúde bucal na declaração política da Cobertura Universal de Saúde (UHC), da Organização das Nações Unidas (ONU). O reconhecimento corresponde aos esforços destinados para lidar com Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), o que inclui as doenças bucais, em âmbito global, com base na experiência da Odontologia brasileira.
Segundo a Associação Odontológica de Uganda, o projeto de declaração política da Cobertura Universal de Saúde é uma oportunidade inovadora para fortalecer e intensificar a implementação da saúde bucal: “Cumprimentamos o CFO pela iniciativa de mobilização acerca dos cuidados de saúde na atenção primária no combate às DCNTs”. Uganda reiterou, também, que a partir do momento em que a saúde bucal foi oficialmente reconhecida como importante problema de saúde pública, durante reunião sobre DCNTs em 2011, faz-se necessária a busca por melhorias no acesso aos serviços básicos de saúde e ampliação do escopo da atuação odontológica: “O recente Relatório Global de Carga de Doença e a série Lancet em saúde bucal reforçam o impacto de doenças bucais não atendidas, tanto no nível individual quanto no nacional”.
Em alusão ao trabalho do CFO, a Faculdade de Odontologia da Universidade Thammasat, da Tailândia, integrar a saúde bucal às ações prioritárias da ONU refletirá em benefícios coletivos: “O Brasil é líder global em saúde bucal, possuindo o maior e mais complexo sistema de saúde publica universal no âmbito da atenção primária à saúde. Documentação científica robusta demonstra como os programas do governo, por meio da integração da saúde bucal na saúde geral, produziram resultados baseados em valor e, principalmente retorno sobre o investimento. A Tailândia aplica a Cobertura Universal de Saúde, incluindo a saúde oral, há mais de duas décadas, o que resulta em benefícios à população com custo acessível”.
O Presidente do CFO, Juliano do Vale, afirma que a referência internacional é resultado de intenso trabalho pela valorização da Odontologia e proteção da sociedade, não somente em âmbito nacional, mas sim global. “Definitivamente, o maior ganho é da população que terá acesso à assistência odontológica de qualidade, tendo em vista o preocupante cenário nacional em que as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) afetam a saúde de 3,58 bilhões de pessoas em todo o mundo. Muito além de reduzir o volume de doenças bucais, busca diminuir as necessidades de pessoas com múltiplos problemas sociais e de saúde. Em 05 de setembro, o CFO formalizou proposta em conjunto com entidades representativas da classe odontológica e da Coordenação-Geral de Saúde Bucal, do Ministério da Saúde. O documento foi encaminhado, inclusive, ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para negociação de uma posição mais efetiva para a saúde bucal na Cobertura Universal de Saúde”, completou.
CLIQUE AQUI e acesse o documento encaminhado pela Associação Odontológica de Uganda.
CLIQUE AQUI e acesse o documento encaminhado pela Universidade Thammasat da Tailândia.
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Por Michelle Calazans, Ascom CFO
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