Classe odontológica apoia a saúde pública de qualidade
O Conselho Federal de Odontologia (CFO) participou, nessa terça-feira, (01), do ato público em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) realizada em frente ao Congresso Nacional, que abre, em Brasília, a 15ª Conferência Nacional de Saúde (15ª CNS). Organizada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e pela Frente em Defesa do SUS (ABRASUS), a marcha seguiu em direção ao Congresso Nacional. Estavam presentes conselheiros de saúde e representantes de movimentos sociais e populares de todo o país. “O objetivo esperado nessa manifestação, tanto do Conselho Federal como dos Regionais de Odontologia, com nossa participação nesse ato, é, principalmente, mostrar o valor da odontologia para a sociedade. Com essa participação, a respeito da saúde pública, queremos mostrar que o importante é que nós possamos pensar na saúde como um todo, ela é uma só, sem divisões de saúde bucal e geral”, disse o presidente do CFO, Ailton Morilhas.
Pelo CFO participaram o presidente Ailton Morilhas, o Conselheiro Federal, Eimar Lopes, os presidentes dos CROs de Tocantins, Juliano do Vale e de Goiás, Jean-Jacques Rodrigues e a conselheira secretária do CROBA, Viviane Dourado.
A passeata começou em frente à Catedral Metropolitana de Brasília. Os manifestantes seguiram em caminhada pela Esplanada dos Ministérios. Segurando faixas, pronunciavam palavras de ordem contra a privatização do SUS e pela busca de novas fontes de financiamento para a saúde. De mãos dadas, trabalhadores, gestores e usuários do SUS deram um abraço simbólico no Ministério da Saúde. Além da ampliação das fontes de financiamento do SUS, os participantes protestaram contra as tentativas de retirar as garantias constitucionais de universalidade e integralidade, que faz com que a saúde seja um dever de Estado e um direito de cidadania.
Para o conselheiro e presidente da Comissão de Ensino do CFO, Eimar Lopes, essa manifestação tem uma importância enorme para a odontologia brasileira, pois estão presentes todos os segmentos da sociedade, unidos e representados em defesa de uma bandeira só, que é a do SUS gratuito, sem privatização, de qualidade, um SUS que inclui o cidadão. “A odontologia, como um participante nato dos trabalhadores na saúde, não poderia ficar de fora e nem deixar de apoiar uma manifestação que é de uma importância fundamental para a sociedade brasileira”, afirmou.
De acordo com a conselheira secretária do CROBA, Viviane Dourado, é importante ter uma mobilização muito forte em relação aos dentistas, para fortalecer um engajamento também na política. “Precisamos unir forças, pois só unidos conseguiremos uma modificação. Na Bahia, estamos conseguindo essa mobilização em prol da qualidade no atendimento de saúde bucal em Salvador”, concluiu.
Já o presidente do CRO-TO, Juliano do Vale diz que “essa mobilização é muito importante para despertar o sentimento de busca da melhoria da saúde bucal e conscientizar os colegas de que a participação popular é fundamental para que a gente consiga, cada vez mais, a visibilidade, o reconhecimento e o respeito que a odontologia precisa. Hoje vemos aqui os conselhos, os sindicatos, as federações, isso é de fundamental importância para a valorização da odontologia”, disse Juliano.
Jean-Jacques Rodrigues, presidente do CRO de Goiás, diz que está havendo uma grande articulação também em Goiás e um pacto em favor do SUS. Segundo ele, quem defende o SUS sabe que uma ação como o corte de 16 bilhões, vai gerar um grande impacto e imensas dificuldades para gestores, para os profissionais e principalmente para a sociedade. “Apesar de toda a expansão da odontologia brasileira com o programa Brasil Sorridente, sabemos que ainda temos muito a avançar. Ainda temos muitos procedimentos que a população poderia receber, como a odontologia reabilitadora, ainda não contemplada pelo SUS, isso ainda não é realidade e precisamos trabalhar nisso. Somos a favor de um SUS gratuito, com atenção integral e nos unimos a todas as áreas da saúde em favor dessa luta maior que é a política de saúde, uma das maiores políticas do Brasil”, finalizou.
Comunicação do CFO
Fonte – CNS