CFO chama a atenção do cidadão para o dia 5 de agosto
“É preciso prevenir doenças na boca, pois muitas delas provocam até risco de morte. A higiene bucal também evita muitas infecções no coração, no pulmão, já que a infecção na boca pode se espalhar pela corrente sanguínea. Nesse Dia Nacional da Saúde (5) vamos nos conscientizar que uma higienização bem feita nos proporciona uma melhor qualidade de vida”, afirma o presidente do CFO, Ailton Morilhas. É com esse alerta que o CFO comemora a homenagem ao médico sanitarista Oswaldo Cruz, que nasceu em 5 de agosto de 1872 e foi pioneiro no estudo de doenças tropicais e da medicina experimental no Brasil. A data foi instituída por meio da Lei nº 5.352, de 8/11/1967.
Oswaldo Cruz nasceu em São Luis do Paraitinga (SP). Filho do médico Bento Gonçalves Cruz e de Amália Taborda de Bulhões Cruz ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro aos 15 anos. Formou-se em 24 de dezembro de 1892, defendendo a tese “Veiculação Microbiana pelas Águas”. Em 1896, foi para Paris especializar-se em bacteriologia no Instituto Pasteur, que na época reunia grandes nomes da ciência. O médico contribuiu para a estruturação das ações de saúde pública no Brasil, para a criação do Instituto Soroterápico Federal (hoje Fundação Oswaldo Cruz) e para a fundação da Academia Brasileira de Ciências.
Saúde Bucal: O Câncer bucal ainda é preocupante no Brasil e a prevenção é a maior inquietação da classe odontológica. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a doença ainda mata mais de 4 mil pessoas por ano e em alguns países como a África ganha espaço pela falta de orientação, hábitos e profissionais. No Brasil, o problema não é a quantidade de cirurgiões-dentistas (cerca de 273 mil), mas sua distribuição irregular nas várias regiões, com densidades e níveis econômicos variáveis da população, segundo dados do CFO.
O CFO, preocupado com o crescimento da doença, trabalhou junto ao Congresso Nacional na aprovação do projeto que cria a Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal (PL 3939/12), a ser celebrada todos os anos, na primeira semana de novembro. O objetivo é estimular ações preventivas e educativas, promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atendimento integral a portadores de câncer bucal, apoiar atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol do controle deste mal que envolve milhares de brasileiro, além de difundir os avanços técnico-científicos relacionados à doença.
Veja a pesquisa do CFO: Hábitos, Atitudes e Comportamentos na Saúde Bucal encomendada ao Datafolha Instituto de Pesquisa, em 2014
Para o avanço das políticas publicas em saúde, o Departamento de Informática do SUS (DATASUS), do Ministério da Saúde, disponibiliza informações que podem servir para subsidiar análises objetivas da situação sanitária, tomadas de decisão baseadas em evidências e elaboração de programas de ações de saúde. A mensuração do estado de saúde da população é uma tradição em saúde pública. Teve seu início com o registro sistemático de dados de mortalidade e de sobrevivência (Estatísticas Vitais – Mortalidade e Nascidos Vivos). Com os avanços no controle das doenças infecciosas (informações Epidemiológicas e Morbidade) e com a melhor compreensão do conceito de saúde e de seus determinantes populacionais, a análise da situação sanitária passou a incorporar outras dimensões do estado de saúde. Mias informações, acesse aqui.
Saúde do Homem: Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde / Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), a cada três mortes de pessoas adultas no Brasil, duas são de homens. No Brasil os homens vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arteriais mais elevadas. O Ministério da Saúde do Brasil lançou a Política Nacional de Saúde do Homem em novembro de 2008, com apoio da OPAS, com o objetivo é facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde. A política aponta para a necessidade de mudanças de paradigmas em relação à percepção da população masculina em relação ao cuidado com a sua saúde e a saúde de sua família. Considera essencial que, além dos aspectos educacionais, entre outras ações, os serviços públicos de saúde sejam organizados de modo a acolher e fazer com que o homem sinta-se parte integrante deles.
A Politica agrupa uma série de medidas especifica com nove eixos de ação:
1. Implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem;
2. Promoção de saúde com foco na elaboração de estratégias para aumentar a demanda dos homens aos serviços de saúde;
3. Informação e comunicação para sensibilizar os homens e suas famílias, estimulando o autocuidado e hábitos saudáveis, por meio de ações de informação, educação e comunicação;
4. Participação, relações institucionais e controle social, que busca associar as ações governamentais com a sociedade civil organizada, a fim de potencializar ações voltadas para essa população;
5. Implantação e expansão do sistema de atenção à saúde do homem, com o objetivo de fortalecer a atenção básica e melhorar o atendimento, a qualidade e resolubilidade dos serviços de saúde;
6. Qualificação de profissionais da saúde para o desenvolvimento de estratégias em educação permanente para os trabalhadores do SUS;
7. Avaliação dos insumos, equipamentos e recursos humanos que garantam a adequada atenção de insumos, equipamentos e recursos humanos que garantam a adequada atenção à população masculina;
8. Sistemas de Informação com o objetivo de melhorar e qualificar as informações destinadas a essa população;
9. Avaliação do projeto-piloto por meio de realização de estudos e pesquisas que contribuam para a melhoria das ações por meio do monitoramento da Política
Saúde bucal feminina – O Sistema CFO / CROs nesse Dia Nacional da Saúde também alerta o segmento feminino da população para os cuidados com a higienização da boca e da saúde em geral. De acordo com cirurgiões-dentistas, a mulher conta com cuidados especiais como mudança de hormônio na adolescência, na gravidez, na menopausa e nessas épocas elas ficam mais sensíveis ao acúmulo de bactérias e, consequentemente, mais expostas a gengivites, aftas, inflamações da mucosa bucal. A prevenção dessas doenças será mais efetiva com visitas frequentes ao cirurgião-dentista.
Câncer bucal
Condições de saúde bucal
Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca)
- De acordo com o INCA, estimam-se para o Brasil, em 2014, 11.280 casos novos de câncer da cavidade oral em homens e 4.010 em mulheres. Tais valores correspondem a um risco estimado de 11,54 casos novos a cada 100 mil homens e 3,92 a cada 100 mil mulheres.
- 90% da população mundial terá alguma doença bucal ao longo de sua vida, que vão desde cárie a doenças periodontais e câncer bucal
- Dor de dente é a razão número um para o absentismo nas escolas em muitos países
- Embora a carga de doenças bucais esteja diminuindo nos países desenvolvidos, as complicações periodontais estão se tornando mais comum, especialmente em pessoas mais velhas. Principais fatores de risco como o tabaco e o consumo de álcool e uma dieta rica em gordura, sal e açúcar contribuem para uma série de doenças crônicas, incluindo doença bucal.
Comunicação do CFO – Fonte: OAB; Datasus; OPAS / OMS