Neste sábado, 08 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, instituído em 1977 pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo é lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas, além de alertar, combater as discriminações e violências sofridas pelas mulheres em todo o mundo.
Na odontologia, elas já superaram os homens. De acordo com os dados relativos aos números atuais de profissionais inscritas em atividade no CFO/CROs, atualmente são 150.621 cirurgiãs-dentistas; 6.246 técnicas em prótese dentária; 16.727 técnicas em saúde bucal; 96.030 auxiliares em saúde bucal e 795 auxiliares em prótese dentária. Ao todo, são 270.419 profissionais ajudando a melhorar a saúde bucal em todo o território brasileiro. Aos poucos, as mulheres vão conquistando seus lugares e tornando a profissão mais humanizada, próxima de seus pacientes, em alguns casos até maternal.
E não é só na odontologia, na esfera política, no meio artístico, esportes e negócios a presença feminina vem crescendo significativamente, inclusive na área da saúde. Atualmente, mais de 50% dos formandos em Odontologia e inscritos no CFO são mulheres: uma “revolução silenciosa” como muitos denominam, apesar de ainda limitada à representação política e corporativa.
A procura pela odontologia por parte das mulheres aumentou consideravelmente devido ao caráter liberal da profissão, por permitir jornada de trabalho um pouco mais flexível e um relativo prestígio social. Isso é mais evidente na área médica e odontológica, profissões até então exercidas quase que exclusivamente por homens, diferentemente da enfermagem, por exemplo, com a predominância feminina. E cada vez mais mulheres ocupam diversos espaços na sociedade e ainda conciliam com outras funções, como ser mãe, esposa e administrar os afazeres domésticos.
Saúde bucal feminina
De acordo com especialistas, a saúde bucal da mulher precisa de atenção mais detalhada por conta das especificidades do corpo feminino. Por isso merece cuidados especiais. Mudanças nos níveis de hormônio que ocorrem durante a puberdade, seguidas da menstruação, gravidez e menopausa, tornam as gengivas das mulheres mais sensíveis ao biofilme dental (acúmulo de bactérias). Antes da menstruação, é comum a gengiva inchar e sangrar, e algumas mulheres têm aftas ou inflamações da mucosa bucal. A inflamação da gengiva também é um dos efeitos colaterais mais comuns dos contraceptivos orais. Na menopausa, além de gengivite, pode acontecer alteração do paladar e boca seca, e pode haver relação entre a osteoporose e a perda óssea nos maxilares, levando à perda de dentes por causa da provável diminuição da densidade dos ossos onde eles estão inseridos.
No dia 24 de fevereiro foram comemorados os 80 anos do direito ao voto, um dos primeiros passos no Brasil para o reconhecimento da igualdade entre homens e mulheres. Inegavelmente um marco histórico conquistado, tanto legislativo quanto social.
Parabéns a todas as mulheres e, em especial, a todas aquelas que representam a profissão e ajudam a construir milhares de novos sorrisos todos os dias.