Instituto do Câncer quer dobrar número de pesquisas de novos tratamentos

Um novo laboratório no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), inaugurado na manhã desta terça-feira, pretende aumentar a capacidade em pesquisa no combate à doença e dobrar o número de pacientes com acesso a medicamentos em desenvolvimento. O laboratório está no 12º andar hospital. Hoje, há 200 projetos em andamento, sendo que 52 são pesquisas de novos medicamentos. A meta é ultrapassar 500 estudos neste ano. – Há a necessidade de se ampliar as pesquisas. Ao mesmo tempo, a pesquisa permite que um paciente tenha acesso ao que existe de mais novo e eficaz no tratamento de tumor. Muitas vezes, é melhor para o doente que está com um câncer incurável, e sem opção de terapia, receber uma medicação ainda não aprovada, mas promissora – explica o oncologista Paulo Hoff, diretor geral do Icesp.

A ampliação pretende também elevar o patamar do instituto, que atende pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). “Queremos ampliar a nossa capacidade de pesquisa porque somos parte da Universidade de São Paulo (USP) e também para ter uma produção científica importante”, diz Hoff. As indústrias farmacêuticas, que hoje custeiam 1/4 dos estudos em andamento no Icesp, devem continuar a parceria com o hospital. Outros contam com fomentos como do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “O custo de desenvolvimento de um novo medicamento é extremamente elevado. Além disso, as farmacêuticas têm os novos produtos e o acesso às novas moléculas”, fala o diretor.

Atualmente, há pesquisas em andamento para novos tratamentos de tumores como pulmão, intestino, estômago, mama, melanoma, sarcoma e próstata. Para este ano, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima cerca de 520 mil casos novos da doença. Sete novas localizações de câncer entraram no ranking dos tipos mais frequentes do país: bexiga, ovário, tireoide (nas mulheres), sistema nervoso central, corpo do útero, laringe (nos homens) e linfoma não Hodgkin – os dois últimos noticiados recentemente por terem acometido, respectivamente, o ex-presidente Lula, o ator Reynaldo Gianecchini e a presidente Dilma Rousseff.

Fonte: Da Agência O Globo – 10/01/2012