CFO homenageia a todos os cirurgiões-dentistas pelo Dia do Trabalho
Da época de Tiradentes até os dias de hoje o caminho da profissão de cirurgião-dentista foi muito longo. Se no início não existiam estudos científicos sobre a prática, na atualidade o profissional da saúde bucal tem condições de detectar doenças ligadas a todo o corpo, através de exames realizados na boca. Os tempos mudaram, a profissão se aperfeiçoou e a Odontologia alcançou seu lugar de ciência da saúde, com o grande respeito da população.
O prestígio da carreira promissora foi tomando vulto no país e para as famílias tradicionais era uma honra ter um filho ou filha “Dentista”. Atualmente, o Brasil é o país com maior número de cirurgiões-dentistas no mundo – hoje já são 280.306 profissionais, e com isso, ele enfrenta um problema sério na área de Odontologia – faltam dentistas no interior do país e isso acontece na maioria dos estados brasileiros.
A distribuição no país ainda está desigual. É preciso que o profissional ocupe seu lugar de destaque em cidades distantes das capitais, muitas vezes em municípios aonde só se chegam de barco, lugares onde ainda residem muitas pessoas carentes de um especialista da classe odontológica.
A falta de estrutura e os baixos salários na maioria das cidades do interior do país são motivos para que os profissionais desistam de ir para essas localidades. O CFO entende que a falta desses profissionais pode prejudicar a saúde vital das pessoas e não somente a bucal, pois, estudos na área apontam uma série de relações entre infecções que ocorrem na boca, mas causam problemas cardiovasculares, diabetes, obesidade, câncer, osteoporose, parto prematuro e outros.
No entanto, os profissionais da Odontologia devem ficar atentos, pois a iniciativa de morar numa cidade do interior do país, além de beneficiar a população, pode também trazer grandes ganhos ao profissional com boas oportunidades de expandir seu trabalho, com qualidade de vida em um lugar longe do estresse diário da capital, além de oferecer um serviço vital a quem precisa.
Para isso, o Conselho Federal de Odontologia procura desenvolver a ideia “interiorizar para educar na saúde bucal” – um projeto de interiorização da profissão que atenda às prioridades odontológicas das cidades brasileiras. O CFO já realizou reuniões em alguns estados e contou com boa receptividade das autoridades políticas em reivindicações como melhores condições ao trabalhador de saúde bucal e melhor atendimento de toda a classe para a população.
Ao pensar no trabalhador da Odontologia, o CFO vem atuando, junto ao Congresso Nacional, na aprovação de PLs referentes ao trabalho odontológico como: o estabelecimento da obrigatoriedade de um cirurgião-dentista nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no âmbito hospitalar da rede pública e privada; o PL nº 422/ 2007, que trata da presença de um profissional de Odontologia no ambiente de trabalho, com o objetivo de promover, prevenir e preservar a saúde bucal do trabalhador, pois muitos sofrem acidentes, afecções ou doenças adquiridas na boca durante o exercício profissional.
Funções exercidas pelo profissional que se dedica à Odontologia:
O profissional da Odontologia tem por objetivo promover a saúde bucal da população, em pessoas de todas as idades, por meio de tratamentos dentários que seguem o caminho do diagnóstico, da recuperação e da manutenção; o foco é trabalhar na prevenção, mas ele também realiza tratamentos dentários como implantes, próteses e ortodôntico; faz extrações e cirurgias, também, em urgências e emergências com agravo por acidente na área de bucomaxilofacial. Outra área dedicada é à pesquisa na área bucal.
Odontologia na rede pública: Segundo dados do Ministério da Saúde, atualmente, o SUS emprega cerca de 30% dos dentistas do país, o que representa mais de 64 mil profissionais. Os atendimentos ocorrem nas mais de 40,5 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o país, que contam com mais de 24 mil equipes de saúde (aumento de 451% em relação a 2002). Além das consultas nas UBS, outros 1.037 Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) realizam procedimentos de maior complexidade, como cirurgias, tratamento de canal, oferta de implantes, ortodontia e diagnóstico de câncer de boca. O Brasil Sorridente conta também com 1.809 municípios habilitados com Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), os cirurgiões-dentistas das equipes de Saúde da Família devem realizar diagnóstico e traçar o perfil epidemiológico da comunidade a fim de planejar e programar ações de saúde bucal, bem como atender à comunidade nas Unidade Básica de Saúde (UBS) em que a sua equipe está atrelada. Por atender compreende-se: promover e proteger a saúde bucal, prevenir agravos, realizar diagnóstico, tratar, acompanhar, reabilitar e manter a saúde bucal dos indivíduos, famílias e grupos específicos.
Além disso, segundo o MS, os profissionais devem realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências, pequenas cirurgias ambulatoriais e procedimentos relacionados com a fase clínica da instalação de próteses dentárias elementares. Devem, também, coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais, como também acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.
Ainda de acordo com o MS, assim como o médico e o enfermeiro, o dentista deve atender as demandas espontâneas e participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS. E, por fim, devem supervisionar tecnicamente o trabalho do Técnico em Saúde Bucal (TSB) e do Auxiliar em Saúde Bucal (ASB).
Por isso, quem pretende fazer o curso de Odontologia deve ficar atento, pois, além da possibilidade de abrir um consultório, tem a opção de atuar em diversas áreas. E quando já for um profissional atuando no mercado, não esqueça, é preciso estar inscrito no CFO!
Venha para a Odontologia! Ela pode oferecer a oportunidade de você salvar vidas!
Comunicação do CFO