Pesquisa do IBGE mostra que oferta à população ainda é pequena diante da demanda

Informações apresentadas pelo IBGE comprovam que, apesar dos investimentos em prol da valorização da saúde bucal no serviço público, oferta à população ainda é pequena diante da demanda

Pesquisa de Saúde divulgada pelo IBGE, recentemente, mostra que a preocupação dos Conselhos de Odontologia na priorização de programas que ampliem os serviços públicos de saúde bucal e que valorizem os profissionais da classe como um todo são urgentes. “O sistema CFO/CROs tem trabalhado muito junto ao Congresso Nacional, por meio de Projetos de Lei, para que mais políticas públicas na área sejam implementadas, porque a demanda é muito grande e a população precisa de um bom sistema de saúde bucal”, afirma o presidente do CFO, Ailton Morilhas.

Ao considerar os dados de 2013 apresentados pelo IBGE, de um universo de 151,1 milhões de brasileiros que costumam procurar o mesmo médico ou serviço de saúde, a grande maioria (71,1%) busca atendimento na rede pública (47,9% deste universo procuram as  Unidade Básica de Saúde). A situação é oposta ao contexto do atendimento dentário, que foi procurado, conforme o IBGE, por 74,3% das pessoas, porém em consultório ou clínica particulares.

A pesquisa concluiu que 44,4% dos brasileiros procuraram um dentista nos doze meses anteriores ao estudo. A região Sul lidera essa estatística, com 51,9%, seguida pelo Sudeste, com 48,3%. No Norte, o percentual é o menor do Brasil, 34,4%. O CROSP e autoridades da área recomendam avaliações periódicas com cirurgiões-dentistas para a população. “Esses dados reafirmam importância de políticas públicas e programas em todas as esferas de governo para a ampliação do serviço público de saúde bucal”, afirma o presidente da Comissão de Políticas Públicas do Conselho Federal de Odontologia (CFO), Marco Manfredini.

A pesquisa do IBGE apontou ainda a necessidade de reforço das ações educacionais e de conscientização. Pelo levantamento, grande parte dos brasileiros ainda não tem o hábito de usar escova de dente, pasta de dente e fio dental.

Segundo dados do site G1, este foi o segundo volume dos resultados da coleta feita no segundo semestre de 2013.  Foram visitadas 81.767 casas em todos os estados brasileiros, entre as quais 62.986 aceitaram responder ao questionário do IBGE.

Em 2014, o CFO divulgou a Pesquisa nacional, Hábitos, Atitudes e Comportamentos na Saúde Bucal encomendada pelo CFO ao Datafolha Instituto de Pesquisa, para mapear o setor e conduzir projetos para políticas públicas específicas na defesa do cidadão e dos profissionais. Na pesquisa, o profissional da Odontologia é bem avaliado pelos brasileiros, mas o cidadão ainda desconhece os seus direitos de atendimento público universalizado como direito a serviços públicos de qualidade na saúde bucal; acesso ao cirurgião-dentista; Odontologia de emergência; conhecimento das políticas públicas; e avaliação do atendimento ao cidadão.

Comunicação do CFO – Fonte: CROSP